DIA 18/05
MESA REDONDA: WORD SKILLS
INTERNACIONAL e OLIMPÍADA DO CONHECIMENTO. O esforço brasileiro no
desenvolvimento de novos talentos e novas tecnologias.
Shirley M. Pinto / Guilherme de
Souza / Ricardo Terra
Mediação: José Carlos Manzano
O debate foi centrado na
competição Olimpíada do Conhecimento nos
âmbitos regionais, nacionais e mundiais.
O SENAI e o SENAC encabeçam a
matriz brasileira da competição entre as escolas técnicas e são responsáveis
pelo desenvolvimento de novas tecnologias e detecção de novos talentos entre as
escolas profissionalizantes.
Cada convidado expôs as suas
impressões sobre as participações brasileiras, citando a penúltima colocação em
sua primeira participação e os pódios nas três últimas [2º colocado no Japão, 3º
colocado no Canadá e 2º colocado em Londres].
Entre os atributos importantes
foram citados os três princípios para um bom desempenho em um processo
classificatório / eliminatório: Fazer bem feito, aprender fazendo e possuir
formação integral.
O medalhista Guilherme de Souza
apresentou a importância do intercâmbio entre os jovens e as discussões entre
as equipes. Também citou a importância de todas as áreas do conhecimento em sua
formação, onde sempre se pode utilizar o conhecimento em qualquer área.
Foi explicado como são as provas,
a seleção dos candidatos e a duração da competição [4 dias]. Também fomos
informados que em detrimento da crise europeia a Wordskills que seria na
Espanha foi transferida para o Brasil em 2015.
OPNIÃO: Achei bem interessante o
estilo de seleção de talentos e a forma de apresentação dos trabalhos, onde os
alunos fazem realmente tudo sozinhos. Os professores apenas fornecem o
conhecimento e a experiência durante o curso. No período de apresentação vale a
inventividade e o trabalho em equipe. Esta independência acaba levando o aluno processo
pró ativo de iniciativa e empreendedorismo. Achei que muitas coisas deste tipo
de competição e seleção podem ser utilizadas em nossas aulas de laboratório
e/ou Expolab/Expomack. A parte negativa
do debate ficou por conta do provincianismo, uma vez que o auditório estava
quase que tomado por professores do SENAC / SENAI algumas coisas ficaram muito “default”
e acabei achando que alguns dados foram omitidos ou encobertos. Nota: 7,5
TALK-SHOW: MUDANÇAS, DESAFIOS,
PERSPECTIVAS e QUALIDADE em um PLANEJAMENTO.
Amyr Klink
Mediado por Max Haetinger
A conversa foi centrada na vida e
perspectivas de Amyr Klink sobre suas experiências exploratórias e como estas
habilidades podem ser utilizadas em processos de ensino aprendizagem.
Foi valorizada a curiosidade
inerente dos alunos, a superação do medo, a inovação e o respeito ao
regionalismo cultural para entender a diversidade de cada sociedade e seus
aspectos intrínsecos.
Para vencer desafios é necessários
saber antecipadamente o que fazer e como fazer, lembrando que o aprendizado é
um processo de mão dupla.
Também foi frisada a importância
do trabalho em equipe, retirando o melhor de cada, onde as equipes não necessitam
de talentos, mas é necessário descobrir o talento de cada.
A rotina de trabalho é importante,
além das adaptações de planejamentos alterados [devemos estar sempre
preparados]. O planejamento não deve ser uma regra inflexível, mas um rumo central.
Em uma análoga á educação o
convidado fez a comparação com as novas tecnologias, onde as ferramentas
modernas devem ser utilizadas, mas não devemos virar escravos destas
tecnologias. É necessário seguir nossos instintos humanos e aguçar nossa
curiosidade, aí sim utilizando as novas ferramentas e métodos.
Amir Klink também cultuou o
desapego aos bens materiais e ao êxito econômico para a escolha de uma
profissão, foi muito claro quando afirmou que os professores da USP [onde ele
estudou] se acham semideuses e acabam não ensinando nada de útil aos seus
alunos.
OPINIÃO: Sou suspeito para falar
de Amir Klink, pois adoro o seu jeito aventureiro e tenho vários de seus
livros. Mas eu gostaria de citar que boa
parte da plateia [que já conhecia o
convidado] ficou indignada com o apresentados [Max] que chamava o convidado a
todo momento de “ALMIR”, ou seja, nem conhecia com quem estava falando. Deve
ter lido um release e queria fazer perguntas pseudo-intelectuais sem a
profundidade necessária. Resumidamente o interlocutor não soube aproveitar o
potencial de seu convidado. Alguns pontos de vista de Amir sobre a sociedade
devem ser olhados com muita atenção, pois podem ser utópicos, mas devem ser
cultivados em nossos alunos [como vencer os desafios e se desapegar da questão
econômica na escolha de uma carreira]. Nota: 9,0 [mais pela forma que Amir
conseguia desenvolver assuntos a partir de perguntas rasas].
PALESTRA: CONQUISTE SEUS ALUNOS E
SEUS PROFESSORES E VENÇA o DESAFIO DO
REALCIONAMENTO NA ESCOLA
Roberto Shinyashiki
A palestra foi centrada na
propagando dos vídeos “Conquiste seus Alunos”, mostrada inúmeras vezes durante
a apresentação.
O palestrante apresentou as
características dos professores especiais [inesquecíveis] em um mundo inseguro.
Citou a importância de estimular os alunos com afeto e como a indiferença é
perigosa [gerando problemas de relacionamento]. Apresentou as características
que fazem os alunos chamarem atenção para resolver seus problemas e como devem
ser os elogios aos estudantes. Os professores especiais devem estar preocupados
com seus alunos, bem humorados, ter empatia e serem justos. Deve-se ensinar com
o coração. O professor deve ajudar o aluno a resolver seus problemas pessoais,
trabalhar em parceria com a escola e criar condições para transformar os “fracassados”
em pessoas acima da média.
O palestrante indicou como as
pessoas de negócios são daninhas, quando tirão o máximo e dão o mínimo com quem
se relacionam.
OPINIÃO: Eu nunca li nenhum livro
deste autor e estava ansioso para ver porque ele considerado uma autoridade em
educação. Foi simplesmente decepcionante, ficamos por quase duas horas
escutando o óbvio e, o pior é que boa parte da plateia achando que ele estava
falando algo inédito. Conclui que muitas pessoas da área da educação estão tão
decepcionadas com sigo mesmas que necessitam de muita autoajuda. O palestrante se
mostrou arrogante e muito convencido, e ao invés de utilizar exemplos de sua
vida pessoal para ilustrar situações que gostaria de desenvolver, fez o
inverso; usou assuntos pedagógicos para contar sobre sua vida pessoal e toda a
sua rota de ser vitorioso. Sinceramente, muito fraco. O apresentador tratou
diversos casos de exceção como se fossem regras, o que me causou muito
desconforto, pois imaginei que todos na plateia estavam sofrendo lavagem
cerebral e só eu e mais alguns colegas percebíamos a “manobra” [até comentamos
sobre isso após a palestra enquanto se faziam filas para tirar fotos com o
palastrante]. Nota: 3,0
TALK-SHOW: TRANSMITIR MARCAS QUE
POSSIBILITEM CONQUISTAR UM LUGAR NA HISTÓRIA DA SOCIEDADE
Gilberto Dimenstein
Conduzido por: Regina Shudo
Utilizando as experiências da
Cidade Escola Aprendiz, o convidado apresentou exemplos de caminhos para
desenvolver a educação e a cidadania. Fez a comparação entre o jornalista que é
treinado para descobrir o pior das coisas enquanto o educador é treinado para
descobrir o melhor das coisas.
Foram citadas:
- A importância da comunicação
como poder educativo.
- As microgerações que estão cada
vez mais curtas e dependentes de tecnologia.
- A utilização de ferramentas e
métodos que devem ou podem ser utilizados.
O convidado apresentou um novo
conceito sobre os jovens quando citou as ideias de POPCORN BRAIN, onde os
jovens não conseguem deixar de fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo, mas não
fazem nenhuma com concentração. A falta
de capacidade dos jovens diferenciarem as expressões e sentimentos entre eles e
as outras pessoas, dificultando o grau de concentração.
Foi explicada a origem do tempo de
aula de 50/45 minutos e que atualmente os testes nos EUA mostram que os jovens
não se concentram por mais de 7 minutos. São necessários novos estímulos,
embora os jovens estejam lendo mais, o seu pensamento não é linear.
Gilberto apresentou uma crítica
aos games como forma de aprendizado, uma vez que os professores são 100%
interativos e os games causam alguns vícios e após o aluno descobrir como
ganhar ele perde o interesse [ou quando fica muito difícil o game é
abandonado].
Foi apresentada a ideia de
Professor como mídia e a diferença de professores formados pelo mundo analógico
com alunos formados no mundo digital.
Foram apresentados dados sobre as
escolas públicas [apenas 5% de aprendizagem eficaz] e das demandas que o
professor recebe e não consegue dar conta. O palestrante citou por diversas
vezes que o professor deve trabalhar junto coma família e a sociedade e não
assumir todo o fardo da formação dos jovens.
Um dos pontos mais aprofundados
foi a posição contra a educação como entretenimento, ou seja, o aluno não deve
achar que a educação é DIVERTIDA e sim que ela é INTERESSANTE. Os alunos devem
aprender sobre lidar com frustações e não serem tratados como bonecas de
porcelana que nunca podem ser contrariados e sempre necessitam de uma desculpa
para seu fracasso [normalmente culpando o professor]. Os alunos devem entender
que coisas relevantes necessitam de ESFORÇO [para ter significado na vida é
necessário esforço].
Também foi defendida a integração
de atividades curriculares complementares como teatro, empreendedorismo e
outras habilidades utilizando a escola em tempo integral. Foi apresentada a
importância do contato do professor e do aluno com o mundo real e que o
professor necessita de tempo para preparar aulas mais interessantes, uma vez
que o conteúdo o aluno já tem acesso vias os meios digitais [o mundo está muito
rápido e o professor não consegue tempo para se adaptar trazendo as novidades
de forma eficaz].
Foi apresentada a ideia de
INTELIGÊNCIA MORAL, onde o aluno não vê o PROFESSOR ESTUDANDO, então não
entende a importância deste ato. Tudo acaba em ironia, onde o professor não
consegue manter o entusiasmo em seus alunos.
Gilberto terminou com o chavão:
ENSINAR É O ENCANTO DA POSSIBILIDADE e lançou o desfaio: OMUNDO SÓ IRÁ MELHORAR
QUANDO OS MELHORES ALUNOS TIVEREM VONTADE DE SE TRANSFORMAR EM PROFESSORES, ou
seja, a demonstração que o respeito pela profissão de educador merece.
OPINIÃO: Embora fosse meu último
dia no encontro e o cansaço já cobrasse seu preço, esta palestra foi
SENSACIONAL. Não digo isso apenas pelas palavras sobre a sobrecarga de serviço
aos professores ou aos temas envolvendo as novidades e reais conteúdos que
poderei utilizar em minhas aulas, mas o que realmente impressiona e o carisma
do Gilberto. Ele não se importa de falar dos erros e/ou acertos dos
professores, mas o faz de uma forma que todos entendemos não como uma crítica,
mas como um meio de nos tornarmos melhores. Gilberto não vende falsas ilusões
ou nos faz parecer coitadinhos, mas nos impulsiona para realmente cobrarmos nossa
importância na sociedade. Isto deve ser feito com nosso esforço e com
parcerias, temos que entender que os familiares os bairros onde nossos alunos
vivem devem participar de sua formação também. Somando esta palestra com a aula
que ministrei para os meninos da cidadania digital percebi que o Mackenzie está
no caminho certo e notei como tenho importância nas escolhas de meus alunos.
Também consegui coragem para vencer um medo: não me inibir de sugerir a
formação de novos professores para nossos alunos.
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